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junho 05, 2018

3 Séries de investigação para você maratonar e amar.


The Killing (ou - Além de um Crime): Quando comecei a assistir The Killing, eu estava entediada e sozinha em casa. Depois de rodar pelo Netflix, decidi assistir um ou dois episódios da série, sem muito comprometimento. Porém, eu só consegui sair de frente da TV uns oito episódios depois. The Killing é uma daquelas séries que sabem garantir uma dose de curiosidade, deixando um gancho, uma inquietação que só será respondida no próximo episódio. Recomendo cuidado, pode ser uma experiência muito viciante.É uma série de televisão de drama dos Estados Unidos baseado no seriado dinamarquês Forbrydelsen. A primeira temporada da série, composta por 13 episódios de quarenta e cinco minutos cada, estreou no canal a cabo AMC em 3 de abril de 2011. O primeiro episódio da terceira temporada foi ao ar dia 2 de junho de 2013 nos Estados Unidos, sendo assistido por 1,8 milhões de pessoas. Após o encerramento da terceira temporada, "The Killing" foi cancelada em setembro de 2013 pela AMC, mas teve sua quarta e última temporada produzida e transmitida pela Netflix. Trama envolvente, atmosférica; personagens complexos, bem trabalhados, humanos; um forte senso de antecipação a cada novo episódio. The Killing merece ser assistida por apostar praticamente todas as fichas empersonagens. Sarah Linden e Stephen Holder são pessoas difícieis que não se entendem com o mundo, e jamais desistem de lutar contra ele. Em suas mãos, a missão de reestabelecer a ordem perturbada por crimes bárbaros, mas a ordem de suas próprias vidas parece constantemente ameaçada. O que a série tem de mais precioso está na interação entre essas duas pessoas permanentemente sabotadas por aquilo que são. Elas incorporam o verdadeiro dilema de The Killing: a complexa relação entre reconhecer quem você é e, ao mesmo tempo, não aceitar ser reduzido a isso. São uma mulher e um homem sem ilusões acerca de si mesmos, apalpando no escuro em busca de verdades inconvenientes e tentando preservar alguma retidão num mundo povoado por assassinos cruéis, predadores de crianças e policiais corruptos. The Killing pode ser apreciado por suas tramas dinâmicas e envolventes; pelas reviravoltas que não soam forçadas, mas sempre orgânicas à narrativa; por sua pegada séria e realista. Situada em Seattle, Washington, a série segue a investigação sobre o assassinato da adolescente Rosie Larsen, com cada episódio, cobrindo aproximadamente 1 dia. A primeira temporada cobre as duas primeiras semanas da investigação e tem três histórias principais: a investigação policial sobre o assassinato de Rosie, as tentativas de sua família de lidar com a dor da perda de Rosie e uma campanha política que se torna envolvida no caso. 
Seven Seconds: é uma websérie de drama criminal dos Estados Unidos baseada no filme russo The Major. Densa e tensa, série da Netflix sobre policial que atropela um garoto negro e foge é para ser vista um episódio por vez. Atropelar e fugir já seria vil. Mas atropelar, parar, olhar, chamar os parceiros, esperá-los chegar, deliberar e então fugir sem prestar socorro nem sequer fazer um telefonema anônimo para a emergência – que nome se poderia dar a isso? Na carregada Seven Seconds, que estreou na Netflix há pouco, várias possibilidades vão surgindo: indiferença, medo, preconceito, tensão, ganância, corrupção. Criada pela produtora de The Killing, a canadense Veena Sud, Seven Seconds pode até ser matéria-prima para maratona, porque como trama policial é impecável, repleta de desdobramentos muito bem urdidos, que deixam o espectador ansioso pela reviravolta ou a revelação seguintes. Se você adora casos de crimes em grandes cidades tingidos com policiais inescrupulosos, questões raciais e tribunais. Baixo astral e deprimente como uma previsão de tempo no inverno, “Seven Seconds” possui uma característica inefável que todas as séries (especialmente aquelas sobre lei e ordem) alcançam: a inegável necessidade do espectador de acompanhar um incidente hediondo desde o seu início até a sua resolução, a fim de obter aquela sensação de que a justiça (ou alguma forma dela) pode prevalecer. Mais do que apenas uma série policial, “Seven Seconds” é uma atração sobre Justiça, no sentido mais amplo da palavra. Não somente a Justiça dos tribunais, como também aquela das ruas. Quem merece a Justiça? Ela é realmente para todos? E que tal falarmos sobre a justiça social? Existe diferença entre vítimas ou todos têm o mesmo direito? Nunca é demais discutir se o que está no papel é aplicado na prática quando tratamos da Justiça para brancos ou negros, ricos ou pobres, maiorias ou minorias. Na tela, acompanhamos o atropelamento de Brenton Butler, um garoto negro de 15 anos. O culpado é um policial branco. Ele até cogita se entregar, mas seu chefe e seus colegas de equipe o convencem a deixar para lá e apagar as pistas. A partir deste momento, uma sucessão de fatos leva o espectador a conhecer os diferentes lados desta história. Brenton é filho único de um casal de classe média baixa. Sua mãe não consegue controlar sua dor, sua raiva, e inicia uma busca pelo assassino de seu filho. Seu pai busca na Igreja um alento. Seu tio, militar, acaba de voltar da guerra e tem de lidar com a morte do sobrinho enquanto busca trabalho para se sustentar sem ter de se realistar. Por outro lado, o policial culpado tenta seguir sua vida, mas tem a consciência pesada por ter matado o garoto. Apesar disso, ele decide manter a farsa para ter tempo e dinheiro – sua equipe recebe propina de traficantes – para cuidar de sua mulher e de seu filho que acaba de nascer. Já seu chefe precisa apagar os rastros do crime que pode ter deixado para trás. Há, inclusive, uma testemunha que precisa ser eliminada ou desacreditada. Aqui, a série debate a corrupção policial e a cadeia do tráfico de drogas que explora comunidades pobres com a promessa do dinheiro fácil que pode tirá-los do bairro e da situação em que se encontram. Além destes temas, “Seven Seconds” ainda fala de religião, de homossexualidade, de vícios e de família. Mostra que todos nós temos nosso lado forte e nossos pontos fracos. Consegue manter o enredo de uma série policial clássica, porém sem muito maniqueísmo. “Second Seconds” não é genial, mas é muito interessante por ser realista, por fugir dos rótulos, por dar voz a todos os personagens. É uma série dramática sem ser piegas; uma série que fala de racismo sem ser politicamente correta apenas; que trata a Justiça sem ser didática. 
The Sinner: Uma das várias estreias da Netflix neste ano, The Sinner chamou nossa atenção: suspense de qualidade baseado em um livro de uma autora, Petra Hammesfahr. A comoção causada pela série tem a ver com a maneira pela qual a história é contada: em casos de assassinato, normalmente queremos saber quem matou. Em The Sinner, logo no piloto já sabemos quem matou (e como também, numa cena explícita e chocante). O que vamos descobrir ao longo de oito episódios é o porquê do assassinato. Cora (Jessica Biel) é uma mulher casada, mãe de um garotinho pequeno, que trabalha numa empresa de ar-condicionados da família do marido. Tem uma vida extraordinariamente normal, sai para trabalhar, volta com o marido, ceia com os sogros, mora na casa ao lado deles. É uma boa esposa, nora e mãe. A série se volta para a investigação acerca de um crime precisa acabar quando se sabe qual foi o crime e quem foi o criminoso? Quando uma jovem mãe de família comete um crime nefasto em público e se vê incapaz de explicar o motivo que a levou áquele estado de fúria súbito, um investigador se torna cada vez mais obcecado em entender as profundezas da psique da mulher, desenterrando os momentos de violência que ela tenta manter no passado, longe dos olhos do mundo. O assassinato acontece no primeiro episódio da série e é apresentado em detalhes, isso porque Cora esfaqueia sete vezes o jovem que cai ensanguentado na areia. É, realmente, não é algo que dá para visualizar de primeira. Não faz sentido algum., por ser algo tão “fora da curva” fica a questão: o que fez Cora matá-lo? Qual a razão disso tudo? E é justamente isso que a série tenta desvendar a todo instante nestes oito episódios disponíveis na Netflix. Já que, se Cora não conhece o jovem, quais as razões que ela tinha para querer matá-lo? A série é muito boa. Há tempos algo não me prendia com tanta facilidade. Na trama, as informações vão sendo entregues aos poucos e daí vão fazendo sentido para o todo.