
The Handmaid’s Tale e Alias
Grace foram 2 séries baseadas na obra da canadense Margaret
Atwood. A escritora se tornou uma espécie de queridinha da indústria de
entretenimento. Margaret Atwood é contista, romancista, poeta e escritora de
livros infantis, além de ensaísta. Sua
grande singularidade está no que denomina "ustopia": um mundo
"combinando utopia e distopia – a imaginada sociedade perfeita e seu
oposto". Sua obra passeia por gêneros como ficção científica
social e dramas. Autora de 16 romances e dez coletâneas de contos, Atwood se
tornou um símbolo do feminismo atual, ainda que ela coloque alguma resistência.
Para ela, uma escritora feminista só pode receber esse rótulo se sua obra for
pensada de forma consciente a trabalhar esse tema. Atwood defende que as mulheres
não podem ser consideradas inferiores aos homens, mas não devem ser julgadas
caso queiram ser donas-de-casa. Ela é muito ativa no Twitter, rede em que
conta com mais de 1,8 milhão de seguidores. Por lá, ela escreve sobre meio
ambiente, causas femininas e costuma atacar Donald Trump. Sobre suas
inspirações para escrever, a autora disse, em entrevista dada à atriz Emma
Watson, fã declarada de O Conto da Aia, que ela
estabelece alguma regras: “Uma delas é que eu não uso nada que não tenha
acontecido em algum momento ou em algum lugar. Todos os detalhes têm
precedentes na vida real”. Agora diz se a mulher não é FODA!

The
Handmaid’s Tale é uma série inspirada no seu livro O
Conto da Aia e que foi exibida pela plataforma Hulu. Atwood
escreveu os dez episódios, que contam a história de um país que vive sob o
regime totalitário de uma religião e proíbe as mulheres de andarem livremente.
Elas só servem para procriação. O livro é de 1985, mas ganhou relevância com a
onda conservadora que se espalhou no mundo, principalmente nos Estados Unidos,
com a eleição de Donald Trump, e em alguns países da Europa, que viram uma
tentativa de grupos extremistas de chegaram ao poder.

Alias Grace foi inspirada no
livro Vulgo Grace lançado em 1996. Atwood também foi
responsável pelo roteiro, ao lado da diretora Sarah Polley. Inspirado numa
história real, o livro conta a vida de Grace Marks uma empegada domestica
irlandesa, acusada de ser cúmplice da morte de seu patrão e da amante dele, no
Canadá em 1843. Sarah Gadon (a Helen de O
Homem Duplicado) interpreta o papel principal, enquanto Edward Holcroft vive Simon Jordan, o
“estudioso de doenças mentais” (na época ainda não havia o termo psiquiatra)
que decide entrevistar a acusada, 15 anos depois dos crimes, para entender se
Grace é realmente culpada ou foi vítima de circunstâncias que não haviam ficado
muito claras à época das investigações. Atwood retrabalhou a
história de Grace, com elementos que fazem par com Handmaid’s Tale, como
discriminação de gênero, repressão à mulher e violência sexual.
Depois de 'O Conto da Aia' e 'Vulgo Grace',
mais uma obra de Margaret Atwood vai ganhar as telas de
TV: a trilogia MaddAddam. A Paramount TV e a Anonymous Content
estão trabalhando em uma adaptação dos romances. As companhias venceram um
leilão pelos direitos de adaptação da história, que traz uma epidemia global e
o fim da humanidade, com um pequeno grupo de sobreviventes incubido do comando
de uma nova raça que deve repopular a terra.